Única instituição estadual de ensino superior, a Universidade de Pernambuco (UPE) retoma nesta segunda-feira (21) as aulas presenciais nos cursos de graduação, interrompidas há mais de dois anos, em 16 de março de 2020, por causa da pandemia de covid-19. Pelo menos 60% das disciplinas serão ofertadas presencialmente. Está em curso o segundo semestre letivo de 2021, que começou em fevereiro e segue até junho. A UPE tem câmpus em dez cidades pernambucanas, onde estudam cerca de 17 mil alunos.

“O sentimento é de muita alegria por esse retorno presencial. Mesmo reconhecendo a importância das aulas remotas, sabemos que há dificuldades na modalidade à distância, sobretudo nos cursos de saúde. Nossos alunos estão ávidos para voltar”, destaca o reitor da UPE, Pedro Falcão. “Vamos cumprir o que foi aprovado na reunião do Conselho Universitário de dezembro do ano passado. No mínimo 60% da carga horária do semestre tem que ser presencial. Os 40% restantes podem ser ou não remotos”, explica o reitor.

Segundo ele, ficou a critério da direção de cada uma das unidades acadêmicas decidir o percentual de retorno presencial. “Como a UPE está espalhada em todas as regiões do Estado, é preciso observar o cenário da pandemia localmente”, diz Pedro Falcão. A UPE tem câmpus no Recife, Camaragibe, Nazaré da Mata, Palmares, Caruaru, Garanhuns, Salgueiro, Serra Talhada, Arcoverde e Petrolina.

Em nota, a UPE ressaltou que o mínimo de 60% de retorno presencial será em todos os componentes curriculares (teóricos, práticos e teórico-práticos). As normas de biossegurança adotadas em todas as unidades e o protocolo setorial de educação para atividades e funcionamento durante a pandemia devem ser observados. No Estado, as Universidades Federal (UFPE) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) já retomaram as aulas presenciais.

PROTOCOLO

“Temos uma comissão de biossegurança que se reúne semanalmente para discutir os protocolos. Todos devem usar máscara e vamos exigir o comprovante vacinal. Há um decreto do governo estadual que para entrar nos prédios estaduais é preciso estar vacinado. Portanto, essa exigência será feita em nossa universidade”, afirmou Pedro Falcão. Além dos 17 mil alunos, há 1.300 professores e 4.600 servidores (a maioria, 4.100, atua nos hospitais da UPE).

O reitor informou que está atento à situação dos estudantes que necessitam de transporte para frequentar as aulas presenciais. O câmpus de Nazaré da Mata, por exemplo, tem maioria dos alunos moradores do Recife, Região Metropolitana e outras cidades vizinhas da unidade acadêmica. “Com o aumento do preço dos combustíveis, o valor do transporte pago pelos estudantes subiu. Estamos tratando algumas questões para tentar minimizar a dificuldade de acesso desses estudantes à universidade”, explicou Pedro Falcão.