O Chama Violeta é um festival de artes integradas para pessoas residentes em comunidades rurais do sertão do Pajeú – PE, e traduz a ideia do entrelaçar linguagens artísticas para valorizar a diversidade cultural, e convida todos os públicos para viver a experiência de 25 horas de programação gratuita, num formato presencial com apresentações artísticas, roda de conversa e duas atividades formativas.
O festival acontece na comunidade rural MINADOURO, município de Ingazeira (com pouco mais de 4mil habitantes), que está distante 390 quilômetros de Recife.
À frente dessa empreitada está Odília Nunes, artista e produtora cultural do projeto permanente nesta comunidade: NO MEU TERREIRO TEM ARTE, atuante desde 2015. Iniciativa independente que acredita no poder transformador da arte e segue compartilhando com seu território.
Em 2025, o festival acontecerá entre os dias 9 e 12 de janeiro, com atividades que serão realizadas em espaços diversos do nosso território.
Todas as apresentações serão ao ar livre, e têm endereços bem peculiares: Terreiro de Edileuza, Terreiro de Sonia, Terreiro da Capela no Sítio Minadouro, além das ações “Furdunço na Feira” na feira livre em Ingazeira, e “Ô de casa, posso entrar” na Oca Sertaneja em Tuparetama.
Programação
Em sua sexta edição, o festival garante uma diversidade de ações. A comunidade irá receber duas ações formativas: “Oficina de Equilíbrio em Monociclo” com a Cirkombi de Triunfo/PE; e “Teatro para Crianças” com a Trupe Errante – Petrolina/PE. Haverá também uma roda de conversa sobre o fazer artístico no interior.
E que as cortinas se abram! Durante a programação, teremos espetáculos de dança, teatro, circo, cinema, música, poesia e cultura popular ocupando os
terreiros das casas, transformando, mais uma vez, a comunidade numa mina de arte e cultura. Além de uma extensa programação artística durante os quatro dias de evento.
Este ano, a programação conta com a participação de grupos e artistas de Pernambuco, Paraíba, Bahia, Ceará, São Paulo e Distrito Federal.
Realização independente e coletiva: no interior tem uma gente que cria!
O CHAMA VIOLETA tem grande importância para o Sertão do Pajeú e para o interior do Estado, tanto pelo caráter descentralizador dos bens culturais, intercâmbios e a circulação dos artistas, como também por mostrar alternativas para promoção cultural longe dos grandes centros e em regiões que não possuem equipamentos culturais públicos. Sua realização serve de inspiração para outros projetos semelhantes que pensem descentralização, diversidade, intercâmbio e sustentabilidade.
Para realização da VI edição, Odilia fez campanha de financiamento coletivo para custear os translado dos artistas até a comunidade. Todos os artistas e equipe técnica estão trabalhando de forma voluntária.
A atriz, sua família e vizinhos vão receber 95 artistas para realização do festejo.
“Acredito no poder social e educativo da arte. Com ela nos comunicamos, interpretamos o mundo, nos unimos, nos conhecemos e podemos ser mais solidários, criativos e equilibrados. A arte não é um fim, mas um caminho cheio de possibilidades e processos que geram liberdade além de nutrir o respeito ao próximo”, afirma Odília Nunes, idealizadora do Chama Violeta. Pra saber da programação completa acesse aqui.