Vereador de Caruaru ameaça abrir “caixa-preta”

Jajá, preso ontem, acusa secretário de Relações Institucionais de Caruaru de participar de esquema de propina O esquema de corrupção na Câmara de Caruaru pode se estender a outros poderes do município. Pelo menos esta é acusação do vereador Jailton Soares de Oliveira, o Jajá (PPS). Antes de ser encaminhado à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, ele conversou com a imprensa, na porta do Instituto Médico Legal (IML), onde realizou exame de corpo de delito, e fez acusações contra o atual secretário de Relações Institucionais de Caruaru, Marco Casé (PTB). O pós-comunista disse que o dirigente da pasta seria responsável pelo escândalo e, em tom de ameaça, prometeu abrir a “caixa-preta” do Poder Executivo da Capital do Agreste. Jajá chegou a declarar que os vereadores teriam recebido uma propina de R$ 500 mil.

“É tudo ameaça. O secretário Marco Casé já vinha articulando tudo, esse jogo sujo e imoral. Eu tinha que dizer que queria aceitar a propina que ele vinha oferendo para articular contra ele, mas, infelizmente, ele agiu de má-fé e foi rápido demais”, declarou à Rádio Cultura de Caruaru, referindo-se aos mandados de prisão preventiva expedido para os vereadores. “A casa caiu para o senhor prefeito (José Queiroz, do PDT) e para Marco Casé. Não me pegou de surpresa porque eu já sabia. As acusações são infundadas”, completou.

“O senhor Marcos Casé vinha articulando e subornando os vereadores na Câmara. O senhor secretário vem tentando subornar desde três meses atrás para o BRT (Transporte Rápido por Ônibus), oferecendo R$ 500 mil a certos vereadores”, acusou. As declarações reforçam as suspeitas de que as investigações estão focadas num suposto esquema de compra de votos na Câmara Municipal. As votações sobre a concessão do transporte público e do BRT teriam sido o estopim da Operação Ponto Final.

O curioso é que o vereador já foi preso este ano por suspeita de receptação de veículos roubados. Ele foi solto após ficar nove dias preso na mesma penitenciária. À época, Jajá disse estar sendo vítima de perseguição política.

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Manoel Alecrim (PSD)
Duda do Vassoural (DEM)
Joel da Gráfica (DEM)
Rodrigues da Ceaca (PRTB)
Nino do rap (DEM)
Pastor Carlos Santos (PRB)
Tenente Tibúrcio (PMN)
Rosimery Apodec (DEM)
Jaelcio Tenorio (PRB)
Carlinhos da Ceaca (PPS)

Fonte: DP

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