Faltando pouco menos de um ano para o pleito estadual, os ânimos entre PSB e PTB estão cada vez mais acirrados. Depois do ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, foi a vez do líder no governo na Assembleia Legislativa, deputado Waldemar Borges (PSB), responder às críticas do senador Armando Monteiro Neto (PTB). Mesmo sem querer polemizar, o socialista usou o mesmo tom para atacar o petebista, que taxou o governador de “político convencional”.
“Na hora que Eduardo faz um governo largo, incorporando setores tradicionais, como os do senador, sem perder os rumos do governo, e sem deixar que os rumos beneficiassem somente a elite, ele já estava colocando a marca de uma maneira ampla e diferenciada de fazer política”, declarou.
Na última segunda-feira (9), o senador petebista, que já colocou seu nome como candidato ao governo do Estado, disse que seria difícil Eduardo se inserir como uma liderança que representa a “nova política”. Nos bastidores, o comentário entre os socialistas é de que o senador só assumiu esse discurso porque sabe que não deverá ter o apoio do governador na sucessão estadual.
Para Waldemar Borges, no entanto, a declaração de Armando Monteiro tem um teor esvaziado. “(Representa) um discurso de alguém que está procurando um discurso em período pré-eleitoral”, afirmou o socialista.
Armando Monteiro deixou a Frente Popular há aproximadamente dois meses, em virtude da sua postulação ao Executivo estadual. Dias antes, o governador Eduardo Campos também entregou os cargos no governo federal, visando à disputa presidencial contra Dilma Rousseff (PT).
Waldemar, porém, negou que a postura crítica do petebista em relação a Eduardo tenha a mesma conotação da assumida pelo governador referente a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). “Eduardo não virou oposição de uma hora para outra. As colocações de Eduardo vêm desde muito tempo atrás, não são de dois meses. A preocupação de Eduardo é desde o começo do governo Dilma, e isso não leva o governador a querer negar todos os avanços”, finalizou.
NE 10